RH sem Preconceito – Etarismo se vence com inovação

Escrito por Daniela Cais
Especialista em Comunicação e Empreendedorismo

 

Sabe por que panela velha é que faz comida boa? Eu vou te contar:

Falar sobre diversidade e inclusão  está em alta, a sociedade chegou em um patamar de transformação que para fazer sentido tudo que temos pregado, é necessário sair da reflexão e praticar o discurso. O preconceito etário ou etarismo é um dos mais problemáticos porque envolve todas as causas e, quando avaliamos as pessoas pela idade que têm, criamos um precedente, excludente e limitante para as organizações, sobretudo pelo já anunciado envelhecimento da população mundial.

O etarismo comunica uma desvantagem competitiva que discrimina profissionais acima de 45 anos, o que além de cruel, é equivocado. Em outras palavras, o preconceito generaliza a condição das pessoas, alegando que quanto mais velhas menor a capacidade de adaptação e menor a disposição para aprendizagem de novos conceitos e tecnologias.  

No entanto, há duas observações que não podemos ignorar:

  1. O envelhecimento da população é célere e notório – o que significa que a força de trabalho tem mais idade a cada dia.
  2. Ninguém fica sábio sem esforço. O investimento em formação técnica, treinamento funcional e soft skills acontece ao longo da vida.

O MERCADO DE TRABALHO CADA VEZ MAIS SENIOR

Se as organizações olharem para o envelhecimento como uma vantagem competitiva os ganhos serão maiores que as perdas, pois o talento existe e permanece em desenvolvimento, acrescido de segurança emocional para as complexidades e desafios – o problema passa a ser a solução.

O apreço pela atividade funcional faz dos profissionais seniores mais engajados e produtivos. Podemos citar uma lista de pessoas – foco nas mulheres que são as mais atingidas pelo etarismo – que dão o que falar por competência e vitalidade em idades que, convencionalmente, são consideradas velhas: Madonna, Jane Fonda, Fernanda Montenegro, Luíza Helena Trajano, Dra. Margareth Dalcorso, Andréa Pachá, entre tantas outras.

Com isso, podemos afirmar que idade não é validade para descarte, ao contrário, é exatamente quando a experiência e o conhecimento podem ser melhor aplicados, levando projetos ao êxito com equilíbrio, espírito colaborativo e melhor controle do ego, a tal maturidade.

As empresas que absorvem a força de trabalho sênior têm uma série de motivos para celebrar:

  1. A diversidade e a inclusão são contempladas com excelência
  2. A contribuição para desconstrução do preconceito reflete em toda a sociedade e prospera no combate à idolatria jovem
  3. Os acordos sobre salários e cargos ficam mais transparentes e aderentes à realidade das empresas
  4. Experiência e conhecimento potencializam o desempenho e levam vantagem nas relações multigeracionais
  5. Lifelonglearning é um conceito coerente com a visão de que não há idade para aprender sobre coisas novas
  6. Segurança emocional é um valor primordial para desenvolvimento de equipes eficientes

QUANDO O PROCESSO DE SENIORIZAÇÃO É A INOVAÇÃO

Portanto, as empresas precisam neste momento se concentrar na ação para seleção e retenção de talentos seniores de forma a superar o preconceito e inovar na prática. 

Começando pelas equipes de recrutamento e dho (desenvolvimento humano organizacional) com treinamentos de comunicação dos vieses inconscientes que combatem o preconceito oculto, promovendo diversidade e inclusão.

O resultado de políticas inclusivas e justas para profissionais de todas as idades pode ser mensurado por indicadores que articulam lucro e satisfação dos funcionários, mas também por cultura, reputação e responsabilidade social que dão visibilidade positiva e criam o senso de comunidade, tanto para o público interno quanto externo. 

A COROA SOU EU

Antes de trazer um produto ou uma proposta, eu me submeti ao que chamo de “Experimento de Vitalidade”, utilizando meu conhecimento e experiência de uma profissional madura 50+ como mentora em hubs de empreendedorismo, inovação e startups – transitar por ambientes de alta performance tecnológica, produtividade ágil, criatividade e oferecer os dons da maturidade como suficiência, resolutividade, ousadia e atualização, fez surgir o BORA: um programa com design cognitivo prático criado para ajudar empresas e profissionais a fazer parte da transformação cultural do futuro do trabalho.

Em versões que atendem todas as necessidades, quais sejam:

  • Treinamento para a equipe de RH/DHO
  • Mentorias para profissionais de nível Pleno e Sênior
  • Palestras para toda a equipe
  • Conteúdos on demand para situações especiais 

Podemos conversar? 

Daniela Cais

Daniela Cais é uma cinquentona, estudiosa dos relacionamentos profissionais e apaixonada pelas histórias que sustentam os negócios, o que invariavelmente diz respeito às pessoas.

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Daniela Cais

Daniela Cais é uma cinquentona, estudiosa dos relacionamentos profissionais e apaixonada pelas histórias que sustentam os negócios, o que invariavelmente diz respeito às pessoas.

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