Como Evitar Constrangimentos Como o do Oscar 2022, no seu Evento?

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Escrito por Priscilla de Sá
Especialista & CEO

 

Aposto que você já assistiu a um palestrante constrangendo alguém da plateia, como o comediante Chris Rock fez, ao expor a condição da atriz Jada Smith. A piada de mau gosto (ou bullying, melhor dizendo) gerou uma reação surpreendente: o ator Will Smith subiu ao palco e deu um tapa no speaker, em nome da esposa Jada.

Na maior parte das vezes, o palestrante que tem falas preconceituosas sobre mulheres, gordos, loiras, negros, nordestinos, japoneses, portugueses, homossexuais, PCDs e outras minorias, provoca risinhos nervosos ou silêncios desconfortáveis, e isso pode ser o suficiente para arruinar o seu evento.

Mas por que palestrantes experientes ainda cometem esses erros?

Situações como essa ainda acontecem, nos palcos, por 3 motivos:

 

Vaidade pura

O palco é um lugar de poder, que demanda autoridade percebida. Diante de uma plateia desafiadora, como a dos astros de Hollywood, o speaker entra em modo de emergência e se esquece de que está ali para servir. Então, para se provar superior, desvia o olhar julgador da plateia para a vulnerabilidade de alguém notadamente mais frágil que ele.

Esse é o pior caminho para buscar validação da plateia, pois apenas comunica que o ego inflado do palestrante é o que importa, naquele lugar. Um perigo associar a sua empresa a um profissional assim, concorda?

Nas minhas mentorias para palestrantes mulheres, insisto que, mais importante que a necessidade de poder, é o desejo de conexão. Se é para expor alguma vulnerabilidade, que seja a própria!

 

Desejo de vingança

Speakers falam mais do que deveriam porque, lá na infância, não foram ouvidos. Pessoas precisam diminuir porque não ressignificaram os episódios em que foram diminuídas.

Recentemente, fui ao evento de uma treinadora que, por muito tempo, foi staff de um speaker famoso. Agora que tem o próprio palco, o que ela fez? Na palestra de abertura, desqualificou o próprio marido, que estava trabalhando, incansavelmente, nos bastidores.

Esse jeito de se vingar do ex-chefe, na figura do marido, só serviu para comunicar uma versão distorcida de empoderamento. Acredito que não foi por mal, mas pegou mal.

Para evitar esse tipo de climão, speakers precisam ser bem resolvidos quanto aos seus traumas, senão eles aparecem no palco.

Na mentoria Power Speaker, trabalhamos essas questões, por meio da Jornada da Heroína, para que elas não apareçam, na hora do show, na forma de brincadeirinhas que ferem a imagem de harmonia da equipe.

Palestrar cura, quando o speaker se dispõe a trocar a vingança pela reparação, acolhendo, no seu discurso, as pessoas que passaram pelo que ele passou.

 

Preguiça mental

Palestrantes se repetem quando descobrem uma “fórmula de sucesso”.

Tornam-se caricaturas de si mesmos, e só percebem que a piada virou bullying, quando precisam gerenciar uma crise de imagem.

E aí vêm as desculpas:

“A culpa é desse politicamente correto”;

“O mundo anda muito chato”;

“Cadê a liberdade de expressão?”.

Senhor palestrante de um hit de Verão, a culpa é da sua preguiça de criar associações que desafiem o padrão do privilégio. O mundo evoluiu. E o limite da liberdade de expressão é a empatia, já disse alguém.

Que tal trocar a manutenção do status quo por formas mais empáticas de fazer rir e pensar?

P.S.: Contrate uma Power Speaker e não veja o seu palco virar ringue.

Priscilla de Sá

Avatar photo Palestrante internacional de Liderança Feminina, Priscilla de Sá já impactou mais de 50 mil mulheres em eventos presenciais e online, no Brasil, Portugal e Japão.

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Priscilla de Sá

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